A Associação dos Agentes Técnicos de Carreira da COGERP/SE divulgou uma nota neste sábado (27) para repudiar o que classificou como “declarações levianas, infundadas e falsas” direcionadas aos profissionais do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe no caso que apura a morte da médica Daniele Barreto.
Segundo a entidade, acusações de necrofilia vêm sendo atribuídas injustamente aos agentes de necropsia, colocando em xeque a dignidade dos servidores e a credibilidade da perícia sergipana.
As suspeitas ganharam repercussão após declarações do advogado Fábio Trindade, representante da família da médica, afirmando que o laudo pericial teria identificado material genético de dois homens no corpo da vítima. Ele destacou ainda que a presença de sêmen não permite determinar se houve relação antes ou depois da morte, levantando questionamentos sobre os procedimentos realizados no IML.
Em resposta, os agentes técnicos reforçaram a seriedade de sua atuação.
“Reafirmamos nosso compromisso e colocamo-nos à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas que pairem sobre a lisura do trabalho técnico-científico, de excelência, prestado pelos agentes técnicos de necropsia, em prol da população sergipana na elucidação de crimes e na busca pela verdade real e por justiça”, diz a nota.
SSP reforça sigilo das investigações
Na sexta-feira (27), a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/SE) também se manifestou, lembrando que os laudos periciais do caso são sigilosos e de uso exclusivo para investigação criminal. A pasta alertou que a divulgação não autorizada desses documentos pode resultar em responsabilização administrativa e criminal, conforme o Código Penal e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
A SSP destacou ainda que todas as informações permanecerão sob sigilo até a conclusão do inquérito.
