A Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Sergipe alerta a população sobre os riscos e consequências dos trotes telefônicos ao Samu 192. Apenas no primeiro semestre de 2025, a Central de Regulação de Urgências (CRU) registrou 4.228 trotes, número que, embora inferior ao registrado no mesmo período de 2024 (5.200), ainda representa um impacto significativo no atendimento de emergências.
O superintendente do Samu 192 Sergipe, Ronei Barbosa, explica que essas ligações falsas podem ser decisivas entre a vida e a morte. “Se uma ambulância é deslocada para uma ocorrência falsa, alguém que realmente precisa de socorro pode não receber atendimento a tempo. Trote é crime e traz sanções legais. Não são só crianças; adultos também fazem isso e prejudicam o serviço do Samu”, alerta.
O Samu é acionado pela CRU, que conta com sete telefonistas auxiliares de regulação médica (Tarm) e seis médicos reguladores por plantão. Os telefonistas realizam o primeiro atendimento, filtrando a maioria dos trotes, e o médico regulador decide se o recurso deve ser enviado de acordo com a gravidade da ocorrência.
Entre janeiro e agosto de 2025, a CRU recebeu 221.871 ligações e realizou 42.936 atendimentos, garantindo assistência eficaz em situações de urgência.
Para a gerente administrativa da CRU, Viviane Maria Sales, os trotes atrasam atendimentos reais, sobrecarregam profissionais, geram custos e aumentam o risco de complicações graves ou óbito. “Quando uma ambulância está ocupada com um trote, uma vítima real pode não receber socorro a tempo”, destaca.
A SES reforça que a prática é crime e pode resultar em punições legais.
Fonte: Isto é Aracaju
