quadrilha só libertaria as crianças com a condição de que o pai não avisasse a polícia. E assim foi feito.
Por volta das 8h, pelo menos quatro integrantes do grupo entraram no banco. Cada funcionário que chegava tomava ciência do que ocorria com a família do chefe, que chegou junto com os bandidos com essa angustiante incumbência, e todos foram obrigados a trabalhar sem demonstrar tensão. Os assaltantes agiam com tranquilidade, parecia que iam lograr êxito…
Mas um dos funcionários que fingia tocar seu ofício conseguiu acessar o sistema de segurança via computador, comunicando a ocorrência às 9h30, e saiu da agência com tranquilidade.
Uma viatura da PM foi acionada e chegou no exato momento em que os bandidos transportavam os malotes pelos fundos (hoje entrada). Começou a troca de tiros, e a porta de vidro foi estourada. O pânico tomou conta do centro comercial.
Dois vigilantes foram feitos reféns e levados. O bando saiu a bordo de uma Fiorino, um Vectra e um Doblô. Na fuga, bem ao lado da Prefeitura, os ladrões pediam passagem e, ao resolverem atirar, mataram duas pessoas, os irmãos Evandro e Emerson Santos Leal, de 37 e 45 anos, que estavam a bordo de uma motocicleta na frente do veículo dos criminosos.
Alerta geral. Foram fechadas todas as entradas e saídas do estado. Cerca de 50 policiais – militares, rodoviários e civis – participaram da ação. A essa altura, um dos vigilantes e as duas crianças acabaram sendo libertados, mas novos reféns surgiram pelo caminho.
Por volta das 19h, foi feito um cerco a uma fazenda em Itaporanga, resultando na morte de Francimar Carneiro, chefe do grupo. “Cimar” era primo do célebre assaltante e sequestrador potiguar Valdetário Carneiro.
Saldo da ação que durou dias: 5 assaltantes presos e recuperados R$ 978 mil de “1 milhão e 70 mil” levados. Segundo sites que cobriram o fato na época, 6 criminosos teriam conseguido escapar.
Por @Lagarto_que_tem_e_que_ja_